sábado

ARQUIVO VERDADE

Depois de dado como morto (ou de dar até morrer, isso eu ainda não sei ao certo), depois de aparições sobrenaturais na Dasloo, nossa Louis Vuitton falsificada, ele, @christianpior COVER, voltou a derramar champagne em nossas vidas.

A custa de muita vaselina, consegui marcar com ele um derrière-à-derrière no Bunddha Bar. Depois de bebericar uns golinhos, sem deixar manchar a borda da taça, ele se abriu, arreganhou as pregas e nos contou tudo que aconteceu durante seu desaparecimento.

O ACONTECIDO

Amado, sabe o que houve? Quando falaram que iam me colocar, bunda a bunda com o meu irmão, pirei. Bloqueie tudo. Meu esfíncter ficou travado, acredita? Meu mundo caiu. Minha vida acabou. Até pensei em encontrar com minha diva, Susan Bóia, no “rehab”. Você sabe o quanto gosto de um, né? Mas essa idéia não se manteve ereta. Tenho contatos, me doo muito, fecundo muitas amizades. Então, surgiu a oportunidade de trabalho no leste Europeu. Um amigo reprodutor, digo, produtor... Ai! Tô ficando bêbado, colega. Bem, esse amigo me ofereceu para fazer programa. Disse que ia se chamar 69 por 1. Disse que, se eu desse tudo certo, ia me pagar uma cirurgia de mudança de sexo em Amsterdã, já imaginou? Causar no Brasil de racha aberta e silicone erguido. As colegas iam ovular baldes.”

O TRABALHO

Papai me ensinou que nada era tão difícil que não pudesse ser levado nas costas. Isso ficou em mim, no começo me deixava com uns hematomas, mas depois me acostumei. Sou fera, sou bicha, não sou homem, sou mulher! Desculpa, às vezes exagero. É que não me contenho quando lembro da enroscada em que me meteram. Fiquei com Ó D Ó. Pois bem, venerado, quando me chamaram para fazer o 69 por 1, pensei que fosse uma versão sensual daquele programa de viagens. Mas depois descobri que era literalmente um 69 por 1 euro. Fiquei bege! Já passei por tudo nessa vida, não ia ser um 69 que ia me abalar. Fiz. Fiz. Fiz. Até assar os beiços (ainda bem que levei meu Carmex). Por mais que seja profissional, não agüentei ficar lá. Trabalhava tanto que nem conseguia usar o Twitter, me deram por morto. Ouvi dizer que fizeram até velório de corpo ausente. Foi a gota d’água. Tive que fugir.

O RETORNO

Fui para Milão. Lá encontrei minha BFF Eliana Tranqueira, que tinha comprado contêiners de grifes para a Dasloo. Não perdi a chance. Pedi pra ela: ‘Amiga, posso ir pro Brasil naquele contêiner recheado de bolsas Chanel 2.55?!’ Ela aceitou e disse: “OK, mas não vou te declarar, tá?” Fiquei zureta e entrei no primeiro contêiner que vi, não resisti e comecei abrir as embalagens loucamente. Foi quando o Pior aconteceu. Fiquei fúscia!!! Não tinha nada de Chanel! Por engano, entrei em um contênier entupido de réplicas grosseiras da 2.55. Tudo encomenda da Renner. Mel Dels, aquilo foi me dando alergia, um horror. “At first I was afraid, I was petrified, I kept thinking I could never live WITH you by my side”. Religiosa que sou, me atraquei com Jesus Luz. Consegui chegar. Quando abriram o contêiner, no Porto de Santos, menstruei cataratas de sangue de tanta emoção. Essas coisas desregulam completamente nosso ciclo, néan? Quando pisei na Augusta, quase morri, me senti a Tieta voltando para o Agreste.”


(Todas as citações do nome @christianpior referem-se ao personagem "cover" do Twitter. O perfil verdadeiro do Evandro Santo é@santoEvandro).

2 comentários:

  1. AOIUEIOUAIEOUAIUEIOAUEIAUIOEUAOIEA
    aiaiai rimuito colega
    você é fantástica.
    poxa que azar, logo encomenda da Renner ._.
    mas ainda bem que tu se apegou ai Jesus Luz
    ô Jesus *-*
    IAOUEUIUAOIEUOAIUEIOA

    beijo

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